Em um cenário que parece saído de um episódio de Black Mirror, o ex-CEO da Nate, Albert Saniger, está enfrentando acusações federais por um esquema que inverteu o roteiro clássico da IA: em vez de máquinas substituindo humanos, ele supostamente usou trabalhadores reais para fingir que sua plataforma era impulsionada por inteligência artificial. Segundo o FBI, a empresa contratou uma equipe nas Filipinas para realizar tarefas manualmente, enquanto investidores eram levados a acreditar em um sistema automatizado de última geração.
De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, Saniger arrecadou mais de US\$40 milhões prometendo uma revolução no e-commerce. A Nate supostamente usaria IA para agilizar checkouts, mas a realidade era bem menos futurista: centenas de funcionários em um call center faziam o trabalho manualmente, sem qualquer automação. “Ele explorou o fascínio pela IA para criar uma narrativa falsa”, afirmou o procurador Matthew Podolsky.
O caso da Nate é só a ponta do iceberg. Empresas como a Presto, que prometia drive-thrus automatizados, e a EvenUp, focada em processos jurídicos, também foram acusadas de mascarar trabalho humano como IA. Um relatório do Bloomberg revelou que 70% dos pedidos da Presto dependiam de operadores nas Filipinas — um padrão que levanta dúvidas sobre quantos “algoritmos revolucionários” são, na verdade, pessoas trabalhando nos bastidores.
A febre por IA criou um terreno fértil para o vale-tudo tecnológico. Startups sob pressão para atrair investidores muitas vezes priorizam narrativas sedutoras sobre automação, mesmo que a realidade seja mais próxima de um call center low-tech. Saniger, por exemplo, chegou a classificar os dados de automação da Nate como segredo industrial — uma jogada para esconder que a taxa real era próxima de zero.
Se o modelo “fake it till you make it” já foi romantizado no Vale do Silício, casos como esse mostram os riscos dessa estratégia. Saniger agora encara até 40 anos de prisão por fraudes eletrônicas e de valores mobiliários. Enquanto isso, o setor de tech enfrenta uma pergunta incômoda: em meio à corrida pela próxima revolução da IA, quantas outras “inovações” são apenas teatro?
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